Feche os olhos e imagine a cena:
Você está andando em direção à Torre Eiffel, naquele cenário dos sonhos, fazendo um belo retrato com a folhagem das árvores servindo de moldura. É primavera, tudo está florido. Você, encantando, se distrai por um segundo e … PÁ! É atingido pela bicicleta de um francês apressado. Todas as baguetes que estavam na cestinha da bike caem lentamente no chão e você percebe que, além das garrafas de vinho estarem estilhaçadas, você também quebrou o braço! O cenário, de todo modo, é desesperador. Mas seria bem pior se você não tivesse um seguro de viagem e precisasse pagar por todo o atendimento médico em euros, não é mesmo?
Parece até meio piegas, mas o fato é que todo viajante precavido preciso estar preparado para os percalços da viagem, entre eles, os problemas de saúde. Se aqui no Brasil nós podemos passar mal com uma coxinha velha, a maionese de anteontem ou um churrasquinho de origem duvidosa, imagine em países que sequer conhecemos! Pedra nos rins, apendicite, diarréia, dor de garganta, febre e tosses insuportáveis são apenas a ponta do fio de tudo o que pode acometer um viajante nos dias de viagem. Sem falar em extravios de bagagem, problemas jurídicos e outros pepinos. E não importa o grau de experiência do turista. Shit happens! E com qualquer um. Pensando no bem estar dos nossos leitores (e nas nossas experiências pessoais) preparamos um guia com informações básicas e importantes sobre seguro de viagem. Porque estar preparado nunca é demais!
1 – Como funciona o seguro de viagem?
O seguro de viagem funciona como um plano de saúde temporário e também uma garantia de indenização para várias situações e acidentes. Ele será válido pelos dias da contratação e dentro das normas especificadas em cada contrato. Normalmente é feito para destinos internacionais, onde os planos de saúde brasileiros que usamos no dia a dia não tem validade.
2 – Qual a diferença entre seguro de viagem e assistência de viagem?
Os dois serviços são chamados comumente de seguro viagem. Porém é preciso estar atento na hora de pesquisar e de fechar o contrato. Na prática, a principal diferença está em quem pagará pelo serviço no momento que for utilizado. é uma questão de quem desembolsará o pagamento.
O seguro viagem prevê que o viajante pague todas as despesas médicas do próprio bolso e depois solicite o reembolso à seguradora (dentro dos limites de valores estabelecidos em contrato). Para isso, será necessário apresentar comprovantes de despesas médicas, laudos, notas fiscais e tudo mais que possa confirma o atendimento. É burocrático e pode trazer muita dor de cabeça. A vantagem é o viajantes poder escolher qualquer lugar para ser atendido, independente de fazer parte da rede conveniada do seguro. A assistência viagem funciona de maneira diferente. O atendimento será todo arcado pela seguradora contratada (claro que dentro dos limites previstos no contrato). Diferente do seguro viagem, a assistência viagem prevê que o segurado deve entrar em contato com a empresa contratada antes de receber o atendimento. A seguradora então indicará um local para que o atendimento seja realizado e o segurado não precisará desembolsar nada. Todo o pagamento será arcado pela seguradora. A desvantagem é a obrigatoriedade de ser atendido no local indicado, salvo casos de emergência.
3 – Por que devo fazer um seguro de viagem?
Acidentes e doenças podem acometer qualquer viajante, independente da experiência. E se o problema for grave, o custo do tratamento no exterior (a depender do país de destino) pode ser bem caro! Nem todos os países (na verdade, a maioria deles) atende gratuitamente estrangeiros na rede de saúde. Será necessário pagar por consultas médicas, remédio e, em casos mais graves, transporte de ambulância e internação. Não vale correr o risco e falir pela economia de não fazer um seguro de viagem antes de embarcar. O seguro vale também para outros tipos de serviços, como extravio de bagagem, remarcação de passagem, assistência jurídica e até repatriação do corpo em caso de morte.